Fonte: O Diário do
Grande ABC
Mesmo com a expectativa de redução de R$ 0,23 no
preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) em todo o Estado, o consumidor não
deve sentir impactos no preço final do botijão de gás, pelo menos por enquanto.
De acordo com a Asmirg-BR (Associação Brasileira dos Revendedores de GLP), os
comércios responsáveis pelas vendas diretas ao consumidor ainda não receberam
este desconto.
A redução diz respeito a tabela publicada na última
semana pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) do Ministério da
Fazenda e que integra o ato Cotepe (Comissão Técnica Permanente). A medida visa
harmonizar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no
território nacional e conta com representantes de todos os Estados. A redução
não é a mesma para todo o País, já que em Minas Gerais, por exemplo, o valor
foi fixado em R$ 0,49 a mais.
Segundo comentou o presidente da Asmirg-BR,
Alexandre José Borjaili, até o fechamento desta edição nenhuma revenda tinha
sido informada da redução, mesmo com a publicação do ato na última sexta-feira.
“Nos Estados em que houve aumento, isso já foi repassado para os revendedores.
O gás de cozinha é uma pauta de interesse nacional, mas seu tratamento está longe
de ser como um produto de utilidade pública. É necessária uma fiscalização
maior nesta questão. O preço do mercado é livre, mas não é justo neste caso ele
nem chegar até o consumidor”, disse.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do
Petróleo), o preço do botijão de gás de 13 quilos já é encontrado por até R$ 85
na região (veja mais na tabela acima), o que representa R$ 5 a mais do que no
fim de junho. Conforme reportagem publicada pelo Diário no último mês, o preço
máximo do produto chegava a R$ 80 em São Caetano.
O presidente do Sindigás (Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Gás Natural Liquefeito), Sergio Bandeira de Mello,
destacou que toda a redução, inclusive a do ICMS, deve chegar às empresas,
porém sem determinar quando. Ele também destacou que o preço das refinarias não
é a única variável que define o valor final do produto repassado ao consumidor,
que também pode incluir outros gastos. “É de se esperar que as empresas
repassem estes valores com certa rapidez. Mas é importante entender que ele
(valor na refinaria) é apenas um dos componentes dos preços e que há outras
pressões do mercado que podem ajudar a cair os preços, ou, por vezes, chegam a
neutralizar estes efeitos.”
Atualmente, o valor do botijão na região chega a
variar em até R$ 30. O preço mais barato é R$ 55, em Mauá – cidade que tem a
menor média de preços, em R$ 58,68 –, e o mais caro, R$ 85, em São Caetano –
maior preço médio de R$ 77,16 – ou seja, variação de 54,55%. Na semana de 2 a 8
de julho de 2017, o valor máximo encontrado para o gás de cozinha era de R$ 70,
também em São Caetano, e o mínimo, de R$ 50, em São Bernardo. Ou seja, no
período de um ano o aumento foi de pelo menos R$ 15 ou de 21,43%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário