Na ação penal, em tramitação na 1ª Vara Criminal de Ceilândia, o Ministério Público do DF sustenta que as distribuidoras Liquigás, SHV e Nacional Gás Butano participavam ativamente do comando do cartel. Entre os réus na ação, quatro eram empregados da Liquigás, um era da Nacional Gás Butano e um pertencia aos quadros da SHV. Os outros cinco réus são comerciantes de botijões de gás. Eles são apontados como os principais articuladores do cartel no Distrito Federal. Marcavam reuniões, monitoravam revendedores para que mantivessem os preços acertados previamente e aplicavam represálias contra quem quisesse praticar livre concorrência.
Todos foram alvo de escutas telefônicas autorizadas pelo Tribunal de Justiça do DF. As interceptações revelam conversas sobre preços cobrados e entre gerentes comerciais que em tese eram concorrentes. As distribuidoras criaram uma comissão com representantes do setor que se reunia para combinar como seria realizado o aumento uniforme de preços, de forma que não houvesse no mercado opções mais baratas. Em seguida, havia um monitoramento do negócio para assegurar a aplicação de represálias e punições a revendedores dissidentes.
Para saber o preço praticado pelas revendas, integrantes do esquema recolhiam ímãs de geladeira com o número de telefone dos revendedores para checagem dos preços cobrados. Membros do comando do cartel também compravam o gás em outras revendas e pediam a nota fiscal para manter como provas de possíveis promoções que burlavam a combinação dos preços.
No dia da Operação Júpiter, um dos investigados, promotor de vendas da Liquigás, impressionado com a ação de busca e apreensão nas distribuidoras, comentou o episódio por telefone com um interlocutor, sem saber que estava sendo grampeado. Ele disse: “A minha sorte, ou a sorte da Liquigás, é que a sacolinha estava lá jogada e a agenda estava atrás e não viram a agenda cheia de ímã, cheia de nota fiscal de 35 conto, cheia de anotação de preço, de cotação, de pesquisa de preço (...)”. Ao ouvir o diálogo, policiais retornaram e apreenderam a agenda no carro do empregado da Liquigás.
Em nota, a Liquigás disse que não recebeu notificação da Justiça e só poderá se posicionar quando for informada oficialmente da denúncia. E sustentou: “A Liquigás reitera que sua atuação comercial está baseada nos princípios da ética, legalidade e respeito ao consumidor”. A SHV e a Gás Butano não retornaram à reportagem com uma posição sobre a denúncia
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
POR TRAZ DESTE SUPOSTO ESUEMA TEM UMA REVENDEDORA QUE NUNCA FEZ CONSUMIDOR FINAL, VENDIA BARATO PARA PIRANGUEIRO ERA CHAMADA DE RAINHA DO GAS (VENDIA UMA CARRETA TODO DIA)QUE ESTÁ POSANDO DE VÍTIMA E FOI ALIJADA DO MERCADO DE BRASÍLIA HOJE QUEM ABASTECE É A GASBAL DE GOIANIA EITA MERCADO PROSTITUTO.
INTERESSANTE QUE OS EX PRESIDENTE E O EX TESOUREIRO DO SINDIVARGAS ESTÃO ENVOLVIDOS NESTE ESQUMA DE CARTEL
Postar um comentário