Chamas de quase dois metros assustaram quem passava
pelo local e incidente em restaurante em Icaraí só não é maior porque
dispositivo instalado nos botijões é acionado a tempo
Um
vazamento em quatro botijões de gás em um restaurante na Rua Gavião Peixoto,
número 152, em Icaraí, Niterói, provocou labaredas de fogo de quase dois metros
de altura, por volta das 8h30 de sábado. O restaurante fica embaixo de um
edifício residencial de 14 andares. Os moradores de 48 unidades precisaram
evacuar o prédio às pressas.
De acordo
com o Corpo de Bombeiros só não aconteceu uma explosão devido o fogo ter
consumido o gás. Ninguém ficou ferido.
“Quando
chegamos ao local havia quatro botijões com labaredas, tivemos que retirá-los
ainda com fogo, porque se não correria o risco de explosão, o que só não
aconteceu porque os dispositivos de segurança dos botijões funcionaram e o
próprio fogo consumiu o gás”, explicou o tenente Tavares. A causa do vazamento
ainda é desconhecida.
O
estabelecimento, o qual não tem identificação, fica ao lado do restaurante Art
Massas e de acordo com moradores é do mesmo proprietário. Os restaurantes foram
interditados, segundo os Bombeiros pela não apresentação da aprovação do Corpo
de Bombeiros e pelo local de acondicionamento de gás estar irregular, em um
espaço pequeno e não arejado. Os militares apreenderam do restaurante onde
aconteceu o acidente dez botijões de gás de 13 quilos e do restaurante Art
Massas seis botijões de 45 quilos e cinco de 13 quilos.
Segundo o
tenente Tavares os restaurantes foram notificados e terão um prazo de cinco
dias para apresentar a aprovação do Corpo de Bombeiros, caso não apresentem
podem ser multados em até R$500.
“Os
funcionários alegaram que a aprovação do Corpo de Bombeiros está com o
contador. Eles só poderão voltar a funcionar depois que apresentarem essa
documentação, e para a utilização de gás somente quando se adequarem ao Código
de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP), que exige que o local de
acondicionamento de gás seja no térreo, em local arejado e fora de projeção, ou
seja, não pode haver uma construção em cima”, disse.
O tenente
Tavares explicou ainda que não há a obrigatoriedade de haver saída de
emergência. A mesma só é exigida quando o restaurante possui música ao vivo.
Tumulto e
correria- O
proprietário do estabelecimento não foi encontrado no local e funcionários
preferiram não se pronunciar. O síndico do edifício em cima ao restaurante, o
publicitário Carlos Henrique Azeredo, de 48 anos, conta que no momento que
viram as labaredas a maioria dos moradores desceu do prédio temendo que uma
explosão pudesse acontecer.“Todo mundo achou que fosse pegar fogo em tudo, o
cheiro de gás era muito forte. Todos os moradores desceram, e a maioria é
idoso, tem gente de cadeira de rodas. Foi um tumulto. Não era nem para existir
restaurante aqui, a convenção do prédio proíbe, ainda mais nessas condições”,
disse.
“Eu levei
um susto muito grande, acordei com uma vizinha gritando: ‘fogo, fogo’. Desci
correndo com minhas filhas, avisei ainda a algumas pessoas. Mas graças a Deus
os botijões não chegaram a explodir”, disse a psicóloga Luciana Oliveira, que
também mora no edifício em cima do restaurante.
Priscilla
Aguiar
Fonte:
http://www.ofluminense.com.br
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