Em
coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 6, no Corpo de Bombeiros, o
vice-governador César Messias informou que o gás de cozinha começará a chegar
ao Acre por balsas vindas de Manaus (AM). O gás é uma das maiores demandas
atuais do estado perante o isolamento imposto pela cheia do Rio Madeira, que
transbordou sobre a BR-364, única ligação terrestre do Acre com o restante do
país.
Duas
balsas devem chegar de Manaus neste fim de semana, numa viagem que dura cerca
de 12 dias até Rio Branco. Uma delas está trazendo 450 toneladas de gás,
enquanto a outra carrega 100 toneladas para abastecer a região do Juruá. Como o
gás está chegando para abastecimento, com as botijas sendo preparadas nas
distribuidoras da capital, será montada toda uma operação de segurança do
descarregamento e transporte, seguindo os padrões da Petrobras.
“Todos os
esforços estão sendo feitos para que o abastecimento ocorra tranquilamente. Já
tivemos 1.311 toneladas de produtos vindos de carreta de Porto Velho. As três
aeronaves da Força Aérea Brasileira que temos disponíveis já fizeram 17 voos. E
existem caminhões do Exército fazendo a travessia pela rodovia”, reforça o
vice-governador César Messias. Além disso, com o sistema de abastecimento de
gás comprometido em Porto Velho, estão sendo estudadas maneiras de abastecer a
capital rondoniense com o produto vindo do Acre.
O
governador Tião Viana está em Brasília participando de uma série de reuniões
para tratar da problemática das cheias, passando pelo Gabinete Civil da
Presidência da República, Ministério da Agricultura e Pecuária, e pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para já se
adiantarem estrategicamente perante possíveis reparos de que a BR-364 precisará
depois da enchente do Rio Madeira.
Na manhã
desta quinta-feira, o Rio Madeira registra 18,87 metros de profundidade.
Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia, o rio só deve apresentar vazante na
segunda quinzena de março.
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