segunda-feira, 21 de março de 2016

Petrobras vai se desfazer de 81% da rede de gasodutos


Rio de Janeiro. Após a conclusão da venda da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), a Petrobras deve negociar, no segundo semestre deste ano, a subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG), que reúne a infraestrutura de gasodutos nas regiões Norte e Nordeste do país. A previsão é repetir o modelo de venda adotado na NTS. A empresa vai se desfazer de 81% da rede de gasodutos.

A Petrobras chegou a avaliar vender NTS e TAG juntas. Pesou na divisão da rede de dutos em duas empresas a avaliação de que o comprador poderia se transformar em um monopolista privado da rede de dutos do país. “Juntas, as duas empresas são muito grandes. Além do que, a necessidade de investimentos nas distintas regiões é diferente. A gente tem visto uma estratégia da Petrobras de maximizar o valor na venda desses dois ativos”, afirmou uma fonte próxima à negociação.

Mas, apesar de oferecer as duas empresas separadamente, não há restrição, por parte da petroleira, em fechar com um mesmo comprador para a NTS e a TAG. O plano de negócios da Petrobras para o período de 2016 a 2020 está sendo elaborado já levando em conta as previsões de que a empresa vai perder espaço no mercado de gás natural e de energia elétrica.

Hoje, a Petrobras produz o gás, é dona da rede de transporte do produto, participa da maioria das distribuidoras estaduais de gás e também de usinas térmicas, que utilizam o gás como combustível. A idéia é concluir o plano de negócios antes de decidir o comprador das duas empresas transportadoras.

Mudanças. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) vê com bons olhos a mudança. Desde 2013, a resolução 51 proíbe a mesma empresa de ser dona e usuária de um gasoduto, simultaneamente. A medida visa a limitar a atuação da Petrobras no setor e abrir o mercado a operadoras privadas. Mas, mesmo depois de aprovada a resolução, nada mudou.

A Petrobras continuou ocupando as duas posições e controlando o mercado de gás, porque nenhuma outra empresa se habilitou a concorrer com ela.

Esse setor é o principal foco do programa de desinvestimentos da estatal, de US$ 14,4 bilhões somente neste ano. Além das subsidiárias de infraestrutura, a companhia negocia a venda de terminais de regaseificação e usinas termoelétricas movidas a gás – processo tocado pelo Bradesco. Há também negociações “emperradas” para a venda da Liquigás, subsidiária de distribuição de GLP, gás de botijão, tocada pelo Itaú Unibanco.

O ex-diretor da ANP e professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Helder Queiroz, identifica dois grupos de possíveis compradores dos gasodutos da Petrobras: investidores em infraestrutura e proprietários de usinas térmicas, que utilizam o gás como combustível.

Para os dois grupos, afirma ele, a compra de uma rede existente é mais vantajosa do que a instalação de uma nova, porque assim os investidores evitam todo o processo de licenciamento e o risco inerente a qualquer projeto. “Para o consumidor, quanto mais agentes econômicos, melhor, porque os preços tendem a ser mais competitivos”, disse Queiroz.

Regulamento
Acesso. A ANP criou uma nova regulamentação para permitir o acesso de empresas à rede de transporte de gás natural, em sua maioria, de propriedade da Petrobras. A resolução foi publicada na sexta-feira.


sexta-feira, 11 de março de 2016

ANP fecha revenda clandestina de gás de cozinha em Campos, no RJ


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou e autuou nesta quinta-feira (10) locais de venda gás de cozinha (GLP) de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Na ação, foram fiscalizadas cinco revendas, incluindo um ponto clandestino, que não tem autorização da ANP, que foi interditado.

De acordo com a ANP, também foram interditados dois revendedores autorizados, um por abastecer o ponto clandestino e um por problemas de segurança. Os fiscais autuaram ainda um estabelecimento por transporte irregular e apreenderam botijões.
Segundo a ANP, a revenda clandestina interditada está localizada no Parque Alvorada, em Guarus e as demais revendas interditadas, estão localizadas no Parque Corrientes.

Ações de fiscalização

A ANP tem intensificado suas ações de fiscalização, planejando-as cada vez mais a partir de vetores de inteligência, com destaque para denúncias recebidas pelo Centro de Relações com o Consumidor (CRC), além de informações repassadas por outros órgãos públicos e pela área de inteligência a ANP.
Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser feitas pelo telefone 0800 970 0267 ou através da página da ANP.


quinta-feira, 3 de março de 2016

Consumo de gás de cozinha cai 1,2%



A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis realizou na última 4ª feira, 02 de Março 2016, nas dependências do Hotel São Francisco,   localizado na Avenida  Visconde de Inhaúma , 95, Centro , o  Seminário de Avaliação  do Mercado de Combustíveis.
O seminário teve como objetivo  apresentar  o desempenho  do mercado em 2015, em comparação a 2014 , tendo como principal fonte o Sistema de Movimentação de Produtos ( Simp) da Agência.
O levantamento de vendas feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), indicou uma queda de 1,2% de 13,410 bilhões de litros para 13,249 bilhões de litros no consumo de GLP em 2015, na comparação com o ano anterior. A queda foi puxada, sobretudo, pelo fraco desempenho da economia.

Segundo Waldyr Barroso, diretor da agência reguladora, a perspectiva é que neste ano haja uma estabilidade no volume de vendas. "Devemos ter um comportamento bem parecido, em função da própria queda na economia. Acredito que deve espelhar o que aconteceu ao longo de 2015, com estabilidade nas vendas em relação a 2015", avaliou Barroso.

Dados da   Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis  apontaram   que a Ultragaz, Liquigás, Nacional Gás Butano,Copagaz, Consigaz e Amazongas  tiveram evolução no Market Share , comparando os anos  de 2014 e 2015, entre as 19 distribuidoras existentes no mercado.

A Agência aponta ainda, que  as principais motivações dos autos de infração, são ocasionados por não atender normas  de segurança; não prestar informações ao consumidor; adquirir ou destinar produtos de/para  fontes diversas e não autorizada; construir/operar -  instalações e/ou equipamentos em desacordo; não cumprir notificação; comercializar/ armazenar produtos não conforme com as especificações; não atualizar dados na ANP; comercializar com vícios de quantidade; não possuir documento de autorga/ habilitação


O ano de 2015 também foi marcado por muitas denúncias  segundo os dados da ANP. O comércio clandestino de GLP  ficou com 44,5%  , o comércio irregular com 33.3%, armazenamento irregular de GLP com 8.8% seguindo  por vazamentos/riscos.