A Petrobras trabalha nos cálculos finais para
definir o aumento no preço do chamado gás liquefeito de petróleo (GLP), o
popular gás de cozinha
Para cada botijão
de gás vendido no País, cerca 24% do valor cobrado fica com a Petrobras
O preço do gás de
cozinha vai subir. A Petrobras, dona de praticamente 100% do abastecimento do
insumo no mercado nacional, prepara um reajuste que poderá ter impacto no preço
final do botijão de gás, produto presente em 59,5 milhões de residências, ou 96%
do total de famílias do País.
O jornal O Estado
de S. Paulo apurou que a estatal trabalha nos cálculos finais para definir o
aumento no preço do chamado gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de
cozinha, vendido em botijões de 13 quilos.
O entendimento é
de que, após vários anos de uma política de subsídio que manteve o preço do gás
da estatal sem aumento, o mercado acabou fazendo seus reajustes por conta
própria, impactando o consumidor final.
Subsídio
O histórico dos
reajustes mostra que, entre 2003 e 2016, o preço final do gás cobrado pelas
revendedoras acumulou reajuste médio de 89%, saltando de R$ 29,35 para R$ 55,60
o botijão. Neste mesmo período, o aumento realizado pela estatal foi de apenas
16,4%. Foram 12 anos sem nenhum reajuste no preço do gás vendido pela Petrobras.
Somente em 2015 é
que viria o primeiro aumento pela estatal, de 15%. No mesmo ano, o aumento
repassado pelas revendedoras ao consumidor chegou a 22,6%. No ano passado, a
estatal fez um novo aumento, de 1,4%, ante 2,1% feito pelo mercado.
Questionada sobre
o assunto, a Petrobras informou que não iria comentar. A avaliação de técnicos
da empresa é de que é necessário recuperar ao menos uma parte do preço, em
razão da defasagem acumulada nos últimos anos, não apenas com a inflação, mas
do próprio valor praticado pelo mercado.
No fim de 2016, a
Petrobras já tinha reajustado em 12,3% o GLP destinado aos usos industrial,
comercial e granel às distribuidoras, mas não mexeu no preço para o consumidor
doméstico. Na mesma época, a estatal aumentou o preço do diesel nas refinarias
em 9,5%, em média, e da gasolina em 8,1%.
Para cada botijão de gás vendido, cerca 24% do
valor fica com a Petrobras
Para cada botijão
de gás vendido no País, cerca 24% do valor cobrado fica com a Petrobras.
Distribuidoras e revendas retêm uma fatia média de 57%. Outros 15% são
consumidos com ICMS e 4% com PIS e Cofins, segundo dados da estatal.
De acordo com
dados da empresa Preço do Gás, que divulga valores do botijão praticados em
todo o País, a variação atual de preços do gás de cozinha chega a mais de 78%,
entre R$ 44,90 e R$ 80, na entrega ao cliente.
Os dados se
baseiam em informações de mais de 400 revendedores cadastrados. O valor mais
barato foi encontrado no Espírito Santo, enquanto o mais caro é cobrado em Mato
Grosso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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