Por meio de nota, empresa admitiu "não
conformidade com GLP".
É a 2ª vez que a Liquigás se pronuncia desde que o problema veio à tona.
Denúncia
de gás de cozinha adulterado está sendo apurada em São Luís
(Foto: Reprodução/TV Mirante)
A
Liquigás adimitiu problemas com botijões de gás liquefeito de petróleo (GLP) em
São Luís, pela primeira vez, nesta sexta-feira (22). Por meio de nota, a
empresa explicou que "paralisou suas atividades devido à detecção de não
conformidades com GLP adquirido", declarando, ainda, que a suspensão do
processo de envase deu-se em virtude da tomada de providências internas.
“A
empresa diz que a paralisação deu-se em virtude de uma “conjunção de fatores”,
o que teria ocasionado” o atraso da entrega do produto no centro operativo de
São Luís". A nota informa que o envase foi retomado às 13h de terça-feira
(19) e nega que a Liquigás tenha "comercializado qualquer produto em
desconformidade com as normas vigentes".
Os
primeiros depoimentos sobre o caso no Ministério Público estão marcados para
terça-feira (26).
Entenda o
caso
É a
segunda vez que a empresa se pronuncia. O problema veio à tona no início da
semana, quando o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) começou a investigar
denúncias de que os botijões de GLP para uso doméstico fornecidos às
revendedoras de São Luís estariam sendo envasados com gás e água.
Na
terça-feira (19), a suspeita de contaminação paralisou o carregamento de
caminhões dos revendedores, que ocuparam o pátio da distribuidora à espera do
produto. No mesmo dia, a Liquigás disse, por meio de nota, desconhecer qualquer
ocorrência de presença de água nos botijões de GLP da empresa, dizendo, ainda
que o atraso no abastecimento ocorreu por falta de energia elétrica.
A
Companhia Energética do Maranhão (Cemar), no entanto, negou qualquer
registro de falha naquele dia. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) confirmou
que técnicos viriam ao Maranhão para investigar a denúncia, mas, até o momento,
ninguém da empresa veio ao estado.
Na
quarta-feira (20), a promotora de Defesa do Consumidor Lítia Cavalcante,
notificou a empresa, pedindo explicações sobre as suspeitas de irregularidades.
Ontem (21), o MP e a Associação Maranhense de Revendedores de GLP confirmaram suspeita
de que 951 botijões da empresa estariam contaminados.
A empresa
Liquigás fornece gás de cozinha a 35 milhões de consumidores em 23 estados do
Brasil. Em caso de suspeita de contaminação do botijão de GLP, o consumidor
deve comunicar a Agência, pelo 0800-970-0267 ou por meio do site www.anp.gov.br.
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