domingo, 1 de março de 2009

Acabou o carnaval, mas o bloco dos clandestinos ainda desfila na cidade de Macaé.

Na última semana, o diretor institucional do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado, José Antônio Borges, esteve novamente por Macaé. Vindo da região metropolitana fluminense, ele passou por um trajeto que costuma fazer quando aparece por aqui: visitar colegas do ramo, observar o comércio de gás na cidade e passar pelo Fórum. Enfim, isso tudo acaba, segundo ele próprio, deixando-o "bastante triste no fim do dia" da visita a Macaé. Isso porque as vendas de gás na cidade são, em pelo menos 50%, feitas de forma ilegal. E, além disso, o município é proporcionalmente um dos mais problemáticos quando o assunto é botijão cheio em locais altamente perigosos.

"Mais da metade do comércio de gás de cozinha em Macaé é feito de forma clandestina, sendo assim uma das cidades mais preocupantes junto com Araruama e São Gonçalo", afirma Borges. Ele protocolou , novamente, um pedido para que o Ministério Público investigue os pontos e sane o problema junto com outras autoridades. Em janeiro de 2008, uma reunião entre sindicato, Procon, Prefeitura de Macaé, promotoria e Corpo de Bombeiros buscava soluções para o caso. "É até uma ironia, na terra do gás e do petróleo o botijão ser vendido em botequins", brinca o diretor do sindicato.

O sorriso em seu rosto para assim que ele recorda o resultado da reunião. "Estou protocolando lista de locais ilegais ha mais de um ano. Mas quando passo pelos pontos, continua a venda ilegal", garante Borges. A Prefeitura fez uma série de multas e autuações em alguns destes pontos. Porém, tempo depois, tudo volta ao normal - e ilegal - principalmente em bairros como Aroeira e Novo Cavaleiros onde, segundo Borges, há maior incidência destes crimes. Crimes são de ordem tributária e econômica.

Para se vender gás, é preciso ter um local de armazenamento correto. Por isso, é proibido comercializar botijões em locais como supermercados, bares ou botecos. Segundo Borges, este tipo de coisa acontece em função dos boqueiros, que são aqueles que pegam o gás do atravessador. "Tem gente que vende aqui em Macaé, mas não tem nem endereço. Você liga e ele entrega o gás em casa sem nem mesmo revelar onde é armazenado", atesta o institucional do sindicato.

Atrelado à venda clandestina, vêm os riscos de explosões. Borges cita casos em São Paulo e também no Rio de Janeiro onde casos como esses ocorrem em quase todos os meses. "Se reprime de um lado, eles vão para outro. E além disso estão tirando a oportunidade do verdadeiro vendedor, que paga seus impostos", explica, cobrando maior rigor no combate à ilegalidade.

IJ Assessoria Empresarial Gás GLP.
Jose Antonio Borges
http://www.assessoriagasglp.com.br/

Créditos de Wanderley Gil

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