Metade
dos pontos de comercialização do ABC trabalha clandestinamente
Na
padaria, no mercado da esquina ou no disk água. A comercialização informal de
botijões de gás é prática comum na região. Preço e comodidade impulsionam
consumidores a optarem pelo ponto de venda mais próximo à sua casa. A demanda
faz com que comerciantes se arrisquem a estocar o material altamente
inflamável, tanto que metade das revendas no ABC é ilegal, segundo dados do
Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de
Petróleo) .
O risco
vale R$ 5. Essa é a diferença do botijão comprado diretamente na distribuidora
do comercializado nos pontos clandestinos. Para vender mais barato, os
comércios conseguem o produto com desconto. “Compro por R$ 36 direto na
Ultragaz e vendo por R$ 44. Ligo e eles me entregam na porta da loja”, relatou
um comerciante. Em nota, a Ultragaz informou que só “fornece seus produtos para
revendedores autorizados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo)”.
O
armazenamento ilegal do gás, sem infraestrutura, pode trazer sérias
consequências como explosões e incêndios, além de ser configurado como crime
rendendo pena de 1 a 5 anos de prisão ao comerciante pego em flagrante.
A prática
só é combatida por meio de denúncias feitas por consumidores à ANP por meio do
0800 970 0267. Desde 2010, quando lançou o Programa Gás Legal, para diminuir as
irregularidades, a entidade fiscalizou 7.000 pontos no Brasil, autuou cerca de
2.000 e interditou cerca de 1.000.
Outro
caso
O
armazenamento indevido de produtos inflamáveis ocasionou a explosão de loja de
fogos de artifícios em Santo André, em 2009. Na ocasião, o proprietário alegou
que arrumava a antena da loja, quando deixou o objeto cair em fio de alta
tensão, causando a explosão que matou duas pessoas e feriu 12.
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