quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Gás é vendido irregularmente no ABC


Metade dos pontos de comercialização do ABC trabalha clandestinamente

Na padaria, no mercado da esquina ou no disk água. A comercialização informal de botijões de gás é prática comum na região. Preço e comodidade impulsionam consumidores a optarem pelo ponto de venda mais próximo à sua casa. A demanda faz com que comerciantes se arrisquem a estocar o material altamente inflamável, tanto que metade das revendas no ABC é ilegal, segundo dados do Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo) .

O risco vale R$ 5. Essa é a diferença do botijão comprado diretamente na distribuidora do comercializado nos pontos clandestinos. Para vender mais barato, os comércios conseguem o produto com desconto. “Compro por R$ 36 direto na Ultragaz e vendo por R$ 44. Ligo e eles me entregam na porta da loja”, relatou um comerciante. Em nota, a Ultragaz informou que só “fornece seus produtos para revendedores autorizados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo)”. 

O armazenamento ilegal do gás, sem infraestrutura, pode trazer sérias consequências como explosões e incêndios, além de ser configurado como crime rendendo pena de 1 a 5 anos de prisão ao comerciante pego em flagrante. 

A prática só é combatida por meio de denúncias feitas por consumidores à ANP por meio do 0800 970 0267. Desde 2010, quando lançou o Programa Gás Legal, para diminuir as irregularidades, a entidade fiscalizou 7.000 pontos no Brasil, autuou cerca de 2.000 e interditou cerca de 1.000. 

Outro caso 

O armazenamento indevido de produtos inflamáveis ocasionou a explosão de loja de fogos de artifícios em Santo André, em 2009. Na ocasião, o proprietário alegou que arrumava a antena da loja, quando deixou o objeto cair em fio de alta tensão, causando a explosão que matou duas pessoas e feriu 12. 

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