quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Vende água, gás e conserta geladeira
Leis existem para serem cumpridas, e quando alguém se recusa a aceita-las, é porque não acredita na punição quando for pego, subvertendo os valores das mesmas.
Na Rua Brasília, esquina com Cuiabá no bairro de Trindade, São Gonçalo, um boteco vende livremente água e gás no meio das vias públicas. Todas as quintas-feiras, por volta das 11h00h , podemos ver um caminhão branco, que por coincidência leva a marca de uma das distribuidora que não assinou o TAC ( Termo de Ajustamento de Conduta), enchendo de botijões o tal moquifo ,como se fosse algo legal e normal.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Polícia ataca esquema de venda de gás e espera chegar aos distribuidores...
RIO - A polícia apreendeu na quinta-feira 418 botijões de gás em 17 endereços de Realengo. A operação da 33ª DP (Realengo) tinha por objetivo quebrar um dos braços financeiros da milícia que atua na região.
Segundo o delegado Ângelo Lages, os botijões estavam em biroscas, pequenos comércios, galpões abandonados e até em um corredor de uma vila residencial, armazenados em total desacordo com a legislação. Na operação, dez pessoas foram detidas:
- Nosso objetivo é quebrar um dos fluxos financeiros da milícia, que é o comércio de gás. Estamos investigando um grupo que atua na região, e esta operação é o início de uma muito maior para desarticular a quadrilha - explicou Lages.
Também foram apreendidos documentos nos locais e quatro motocicletas que eram usadas no transporte do botijão. Com base no depoimento dos envolvidos e na documentação, a polícia espera ainda chegar aos distribuidores:
- Os milicianos compram o gás de algum revendedor autorizado. As normas para armazenamento e venda de gás são bastante rigorosas, e, no entanto, esses milicianos estocam o produto de forma irregular, o que é extremamente perigoso para a população - explicou o delegado.
Segundo Ângelo Lages, os dez detidos foram indiciados por crime contra a ordem econômica, que prevê pena de um a cinco anos de detenção. O delegado disse ainda que, além dos crimes comuns às milícias, como extorsão, homicídios e venda irregular de combustíveis, a polícia investiga também lavagem de dinheiro da quadrilha.
Esta foi a segunda operação de combate às milícias em menos de 48 horas. As ações fazem parte da estratégia da Secretaria de Segurança de atacar os domínios de traficantes e milicianos, quebrando os braços financeiros das quadrilhas.
Segundo o delegado Ângelo Lages, os botijões estavam em biroscas, pequenos comércios, galpões abandonados e até em um corredor de uma vila residencial, armazenados em total desacordo com a legislação. Na operação, dez pessoas foram detidas:
- Nosso objetivo é quebrar um dos fluxos financeiros da milícia, que é o comércio de gás. Estamos investigando um grupo que atua na região, e esta operação é o início de uma muito maior para desarticular a quadrilha - explicou Lages.
Também foram apreendidos documentos nos locais e quatro motocicletas que eram usadas no transporte do botijão. Com base no depoimento dos envolvidos e na documentação, a polícia espera ainda chegar aos distribuidores:
- Os milicianos compram o gás de algum revendedor autorizado. As normas para armazenamento e venda de gás são bastante rigorosas, e, no entanto, esses milicianos estocam o produto de forma irregular, o que é extremamente perigoso para a população - explicou o delegado.
Segundo Ângelo Lages, os dez detidos foram indiciados por crime contra a ordem econômica, que prevê pena de um a cinco anos de detenção. O delegado disse ainda que, além dos crimes comuns às milícias, como extorsão, homicídios e venda irregular de combustíveis, a polícia investiga também lavagem de dinheiro da quadrilha.
Esta foi a segunda operação de combate às milícias em menos de 48 horas. As ações fazem parte da estratégia da Secretaria de Segurança de atacar os domínios de traficantes e milicianos, quebrando os braços financeiros das quadrilhas.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Ação no RJ fiscaliza distribuidoras de gás suspeitas de ligação com milícias na Zona Oeste
Dez pessoas foram detidas e foram identificados 17 pontos de venda ilegal de botijões em Realengo
Policiais da 33ª DP (Realengo) com o apoio de outras sete delegacias fizeram, na última quinta-feira (23), operação contra distribuidoras de gás suspeitas de envolvimento com milícias na Zona Oeste do Rio. Dez pessoas foram detidas e levadas para prestar depoimento na delegacia.
Durou um mês a investigação sobre a venda ilegal de gás em áreas dominadas por milicianos. Foram identificados 17 pontos de venda ilegal no bairro de Realengo. De acordo com os agentes, os moradores são obrigados a comprar os botijões de gás nesses locais. Em alguns pontos, eles chegam a ser vendidos por R$ 50.
A operação contou com 50 agentes. De acordo com a polícia, a venda de gás é uma das principais fontes de renda da milícia que age no bairro. Os milicianos também exploram sinal clandestino de TV a cabo e internet e o transporte alternativo.
Num depósito no bairro, policiais encontraram duas motos usadas de forma irregular para o transporte de botijões. Centenas de botijões foram apreendidos. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) eles só podem ser transportados em carros especiais, por se tratar de produto inflamável.
Todo o material foi levado para o a 33ª DP.
Policiais da 33ª DP (Realengo) com o apoio de outras sete delegacias fizeram, na última quinta-feira (23), operação contra distribuidoras de gás suspeitas de envolvimento com milícias na Zona Oeste do Rio. Dez pessoas foram detidas e levadas para prestar depoimento na delegacia.
Durou um mês a investigação sobre a venda ilegal de gás em áreas dominadas por milicianos. Foram identificados 17 pontos de venda ilegal no bairro de Realengo. De acordo com os agentes, os moradores são obrigados a comprar os botijões de gás nesses locais. Em alguns pontos, eles chegam a ser vendidos por R$ 50.
A operação contou com 50 agentes. De acordo com a polícia, a venda de gás é uma das principais fontes de renda da milícia que age no bairro. Os milicianos também exploram sinal clandestino de TV a cabo e internet e o transporte alternativo.
Num depósito no bairro, policiais encontraram duas motos usadas de forma irregular para o transporte de botijões. Centenas de botijões foram apreendidos. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) eles só podem ser transportados em carros especiais, por se tratar de produto inflamável.
Todo o material foi levado para o a 33ª DP.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Operação Gás Legal cumpre mandados de busca e apreensão
Participaram da operação 64 auditores fiscais, 54 policias militares, 4 promotores e um procurador
Foi realizada ontem nos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais a operação denominada Gás Legal, que envolveu a participação das receitas estaduais, Ministérios Públicos, policias militares mineiros e capixabas e da Advocacia-Geral de Minas Gerais.
A operação teve como alvos duas grandes empresas localizadas no Espírito Santo, sendo que uma é produtora de gás liquefeito de petróleo (botijão de gás) e a outra distribuidora deste mesmo produto.
Além dessas, cerca de 22 distribuidoras localizadas em MG foram objeto de ações de busca e apreensão.
Fortes indícios indicam que as empresas capixabas efetuam vendas de gás às distribuidoras mineiras sem a devida documentação fiscal, sonegando o ICMS devido a Minas, provocando evasão de receitas e concorrência desleal com revendedores internos que atuam de forma regular.
Levantamentos feitos pelo fisco mineiro dão conta de que as empresas do ES teriam vantagens tributárias ao efetuarem vendas/remessas de mercadorias para o mercado mineiro, formalizando-as como se fossem vendas/remessas para o mercado interno do Espírito Santo.
Além de farta documentação, a Receita Estadual de Minas efetuou a copiagem dos computadores das duas empresas do Espírito Santo e coletou documentos para comprovar que os distribuidores mineiras recebiam botijões de gás sem as devidas notas fiscais.
Participaram da operação 64 auditores fiscais, 54 policiais militares, 4 promotores de Justiça e um procurador da Fazenda de Minas Gerais.
Foi realizada ontem nos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais a operação denominada Gás Legal, que envolveu a participação das receitas estaduais, Ministérios Públicos, policias militares mineiros e capixabas e da Advocacia-Geral de Minas Gerais.
A operação teve como alvos duas grandes empresas localizadas no Espírito Santo, sendo que uma é produtora de gás liquefeito de petróleo (botijão de gás) e a outra distribuidora deste mesmo produto.
Além dessas, cerca de 22 distribuidoras localizadas em MG foram objeto de ações de busca e apreensão.
Fortes indícios indicam que as empresas capixabas efetuam vendas de gás às distribuidoras mineiras sem a devida documentação fiscal, sonegando o ICMS devido a Minas, provocando evasão de receitas e concorrência desleal com revendedores internos que atuam de forma regular.
Levantamentos feitos pelo fisco mineiro dão conta de que as empresas do ES teriam vantagens tributárias ao efetuarem vendas/remessas de mercadorias para o mercado mineiro, formalizando-as como se fossem vendas/remessas para o mercado interno do Espírito Santo.
Além de farta documentação, a Receita Estadual de Minas efetuou a copiagem dos computadores das duas empresas do Espírito Santo e coletou documentos para comprovar que os distribuidores mineiras recebiam botijões de gás sem as devidas notas fiscais.
Participaram da operação 64 auditores fiscais, 54 policiais militares, 4 promotores de Justiça e um procurador da Fazenda de Minas Gerais.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Somente três distribuidoras assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta
Aconteceu na última quarta-feira (16/12) às 14: 00 hora, na sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP/FP), situada na Praça do Buriti, lote 02, Eixo Monumental, em Brasília a assinatura do (TAC) Termo de Ajustamento de Conduta. O termo foi firmado tendo como referências as tratativas feitas no âmbito do Comitê Nacional de Erradicação do Comércio Ilegal de GLP.
No TAC as distribuidoras se comprometem a adotar as providências comercias cabíveis, no sentido de inibir a distribuição e revenda clandestina de gás de cozinha , e implementar as medidas necessárias para alcançarem , esses objetivos dentre as quais incluem :
a) a não comercialização de produtos com PRGLP que participa , direta ou indiretamente , da prática da revenda irregular de GLP, mediante comunicação do Ministério Público ou da ANP determinando a suspensão do fornecimento do GLP , e subseqüente adoção das providências para a rescisão de seu contrato;
b) a não comercialização de GLP à sua rede de PRGLP em quantidade superior à permitida nas classes autorizadas pela agência reguladora , quando da entrega do produto no estabelecimento comercial ( operação CIF: custo, seguro e frete);
c) a identificação , nos seus sites dos PRGLPs com os quais mantenham relação comercial , em cada Estado , em relação atualizada , contendo : (a) nome comercial ,(b) nome fantasia, se houver, (c) CNPJ, (d) , endereço, (e) bairro, (f) município, (g) CEP, (h) data da autorização, (i) número do despacho, (j) data de publicação do despacho no Diário Oficial , (l) classe do revendedor, e (m) norma legal aplicável;
d) a divulgação , em seus sites dos canais de acesso à reclamação dos consumidores , inclusive telefônicos gratuito, com mensagem destacando a necessidade do GLP ser adquirido somente em agentes econômicos autorizados pela agência reguladora.
Em caso de descumprimento de qualquer dos deveres previstos no TAC , fica estabelecido a multa civil no valor de mínimo de R$ 5.000,00( cinco mil reais), por infração cometida , devida ao Fundo Estadual respectivo do local cometido da infração , sem prejuízo das sansões administrativas cabíveis na espécie. Vale lembrar que o valor previsto será atualizado , a contar da data da assinatura, pela tabela de atualização monetária vigente nas Justiças estaduais ,ou, na sua falta, pelo Índice nacional de Preços ao Consumidor (INPC), preservando, assim , o seu valor real , para aplicação futura.
As distribuidoras terão o prazo de 60 ( sessenta ) dias , a contar da assinatura, para iniciarem o cumprimento do termo de ajustamento de conduta.
Participaram do ato e assinatura do TAC , o Superintendente adjunto de Fiscalização , da ANP/RJ, Oiama Paganini Guerra , na qualidade de Coordenador do Comitê Nacional para a Erradicação do Comércio Irregular de GLP, Copagaz Distribuidora de Gás Ltda, Liquigás distribuidoras S/A, Shv gás Brasil ltda, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Ministério Público de Goiás , Ministério Público da Bahia, Ministério público do Rio Grande do Norte, Ministério Público de Sergipe, Ministério Público de Espírito Santos , Ministério Público de Minas Gerais, Ministério Público do Rio de Janeiro, Ministério Público de São Paulo , Ministério Público do Paraná, Ministério Público de Santa Catarina e Agência Nacional do Petróleo , gás Natural e Bicombustíveis ( ANP).
No TAC as distribuidoras se comprometem a adotar as providências comercias cabíveis, no sentido de inibir a distribuição e revenda clandestina de gás de cozinha , e implementar as medidas necessárias para alcançarem , esses objetivos dentre as quais incluem :
a) a não comercialização de produtos com PRGLP que participa , direta ou indiretamente , da prática da revenda irregular de GLP, mediante comunicação do Ministério Público ou da ANP determinando a suspensão do fornecimento do GLP , e subseqüente adoção das providências para a rescisão de seu contrato;
b) a não comercialização de GLP à sua rede de PRGLP em quantidade superior à permitida nas classes autorizadas pela agência reguladora , quando da entrega do produto no estabelecimento comercial ( operação CIF: custo, seguro e frete);
c) a identificação , nos seus sites dos PRGLPs com os quais mantenham relação comercial , em cada Estado , em relação atualizada , contendo : (a) nome comercial ,(b) nome fantasia, se houver, (c) CNPJ, (d) , endereço, (e) bairro, (f) município, (g) CEP, (h) data da autorização, (i) número do despacho, (j) data de publicação do despacho no Diário Oficial , (l) classe do revendedor, e (m) norma legal aplicável;
d) a divulgação , em seus sites dos canais de acesso à reclamação dos consumidores , inclusive telefônicos gratuito, com mensagem destacando a necessidade do GLP ser adquirido somente em agentes econômicos autorizados pela agência reguladora.
Em caso de descumprimento de qualquer dos deveres previstos no TAC , fica estabelecido a multa civil no valor de mínimo de R$ 5.000,00( cinco mil reais), por infração cometida , devida ao Fundo Estadual respectivo do local cometido da infração , sem prejuízo das sansões administrativas cabíveis na espécie. Vale lembrar que o valor previsto será atualizado , a contar da data da assinatura, pela tabela de atualização monetária vigente nas Justiças estaduais ,ou, na sua falta, pelo Índice nacional de Preços ao Consumidor (INPC), preservando, assim , o seu valor real , para aplicação futura.
As distribuidoras terão o prazo de 60 ( sessenta ) dias , a contar da assinatura, para iniciarem o cumprimento do termo de ajustamento de conduta.
Participaram do ato e assinatura do TAC , o Superintendente adjunto de Fiscalização , da ANP/RJ, Oiama Paganini Guerra , na qualidade de Coordenador do Comitê Nacional para a Erradicação do Comércio Irregular de GLP, Copagaz Distribuidora de Gás Ltda, Liquigás distribuidoras S/A, Shv gás Brasil ltda, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Ministério Público de Goiás , Ministério Público da Bahia, Ministério público do Rio Grande do Norte, Ministério Público de Sergipe, Ministério Público de Espírito Santos , Ministério Público de Minas Gerais, Ministério Público do Rio de Janeiro, Ministério Público de São Paulo , Ministério Público do Paraná, Ministério Público de Santa Catarina e Agência Nacional do Petróleo , gás Natural e Bicombustíveis ( ANP).
sábado, 18 de dezembro de 2010
TAC contra venda ilegal de GLP
Representantes dos MPs de 11 estados assinaram com a ANP e distribuidoras um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para proibir a venda ilegal de GLP. O acordo inclui os estados de Goiás, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, além do Distrito Federal.
O presidente da Associação do Ministério Público do Consumidor (MPCON), Promotor de Justiça José Augusto Peres Filho, explica que a assinatura do TAC facilita a fiscalização, pois as distribuidoras estarão ao lado do consumidor. Segundo ele, as distribuidoras assumirão o papel de protagonista no combate à venda clandestina de gás de cozinha porque se comprometeram em suspender as revendedoras que fornecerem de maneira irregular o GLP.
As distribuidoras terão o prazo de 60 dias para cumprir os termos do TAC. O descumprimento dos deveres previstos no ajustamento resultará em uma multa civil de no mínimo R$ 5 mil por infração cometida.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Economia pode ganhar R$ 870 milhões só com luz e gás
O comércio ilegal de energia e de botijões de gás movimentam cerca de R$ 870 milhões por ano nas favelas do estado do Rio de Janeiro. Pacificação das favelas representa oportunidade para iniciativa privada chegar a áreas dominadas por intermediários.
O valor, estimado a partir de dados da distribuidora de energia Light e da Agência Nacional de Petróleo (ANP), é 13 vezes superior aos R$ 65 milhões empenhados pela União este ano em programas de habitação e urbanização de assentamentos precários, caso das próprias favelas.
A retomada de 12 favelas do Rio controladas por traficantes, por meio da instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), pode trazer recursos desviados pelo comércio ilegal de volta à economia formal, dizem especialistas. Mas, para isso, é importante que o poder público e a iniciativa privada atuem rapidamente. Segundo o urbanista Manoel Ribeiro, que atua em programas sociais nas favelas cariocas há 21 anos, a ação das UPPs tem prazo de validade. "Primeiro, porque os traficantes das favelas ocupadas apenas mudaram de endereço. Segundo, porque a milícia nasce também das UPPs, e é ela quem comanda grande parte do comércio üegal dos morros", diz. Ribeiro ressalta ainda que vários comandantes de UPPs estão conquistando cargos políticos, o que torna a eficiência da ocupação questionável no longo prazo.
Reação
Mas, por enquanto, as empresas mostram-se interessadas em ocupar o espaço antes das milícias. Para o superintendente de Relacionamento com as Comunidades da Light, Mário Guilherme Romano, as UPPs contribuem para elevar a formalidade do serviço de distribuição de energia nas favelas do Rio. No morro Dona Marta, onde a UPP existe desde 2008, a companhia investiu R$ 4,5 milhões em lun programa de eficiência energética, que aplicou R$ 2,5 milhões na modernização das redes locais. "Havia muito fio desencapado, por conta dos chamados gatos. Isso representava insegurança para os moradores, passivos de choques e incêndios. Com a nova rede, a região sofre um décimo das interrupções de energia de antes", diz.
Os "gatos" de energia, contudo, ainda dominam o locaL Dos cerca de 10 mil habitantes de Dona Marta, segundo estimativas do Instituto Pereira Passos, a Light atende a 1,5 mil famílias.
Para a distribuidora, que responde por 70% do fornecimento de energia no estado do Rio, os "gatos" nas favelas geram o desvio de 2,1 mil gigawatts-hora (GWh) por ano. Aplicando-se a tarifa social de R$ 0,18 sobre o consumo de um quitowatt-hora (KWh) — valor geralmente cobrado para famílias de baixa renda—o prejuízo mínimo pode chegar a R$ 395,5 milhões por ano. Estendendo-se para os demais 307o do mercado fluminense, as empresas de energia perdem, em média, R$ 570 milhões todos os anos. Para o Brasil todo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima perdas de R$ 7,8 bilhões por ano.
Televisão paga
Embora não consiga determinar quanto as operadoras de TV paga perdem com os desvios de sinal no Rio, os "gatonets", Antônio Salles, diretor do Sindicato de Empresas de TV por Assinatura (Seta), diz que o mercado local só ingressará na formalidade quando o governo criar soluções mais eficientes de segurança. "Hoje um técnico chega na favela e é cercado por milicianos", diz.
Quando o sinal era analógico e, portanto, fácil de rastrear, a Seta estimava que 500 mil pontos instalados eram ilegais em todo o país. "Com o avanço do sinal digital, esse número vem caindo, pois requer pirataria sofisticada de softwares de criptografia. Entretanto, suponhamos que essa média de gatonet seja hoje de 200 mil pontos, isso representa uma perda de R$ 10 milhões por mês para o setor", afirma.
URBANIZAÇÃO
Projeto Paraisópolis, modelo paulistano para comunidade cariocas
Iniciado em 2005, o modelo de urbanização da favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, poderia ser copiado para as favelas do Rio, diz Maria Tereza Diniz, coordenadora do projeto na prefeitura de São Paulo. Embora a Secretaria de Segurança Pública não tenha atuado nas 120 comunidades paulistanas que utilizam esse modelo, no caso fluminense, seria necessário a ajuda das UPPs. O projeto, que teve investimentos de R$ 195 milhões, foi responsável pela pavimentação de ruas, drenagem, implantação de coleta de lixo, criação de áreas de lazer, unidades de saúde, escolas, creches e a reconstrução de casas - ações que beneficiaram 80 mil pessoas. "No começo, sentimos muita resistência da comunidade, que não dava credibilidade ao poder público devido à inúmeras promessas não cumpridas. Isso mudou quando as pessoas começaram a ver suas casas construídas, em 2008", afirma Maria Tereza. Segundo ela, 3 Secretaria de Urbanismo não enfrentou problemas de segurança em Paraisópolis, exceto pelo episódio de fevereiro de 2009. Na ocasião, houve confronto entre policiais e traficantes, supostamente iniciado com a morte de um morador de Paraisópolis. "A polícia teve de ocupar a favela temporariamente, cerca de um mês, para darmos continuidade aos projetos", conta. Os resultados, porém, renderam prêmios internacionais à prefeitura. "Antes do projeto, apenas 18% das casas tinham coleta de esgoto. Hoje, essa parcela é de 70%", afirma Maria Tereza.
Para o urbanista Manoel Ribeiro, o modelo implementado pelo governo na década de 70 para fomentar a Zona Franca de Manaus é outra possível solução para a informalidade nas favelas do Rio. "A informalidade é responsável pela relativa estabilidade social das comunidades da região. Esse mercado só entrará para a economia formal quando o faturamento dos comerciantes for suficiente para o pagamento de contadores e impostos", diz Ribeiro. Neste sentido, a isenção de impostos e a facilidade de crédito aplicada aos empresários na criação da Zona Franca de Manaus seria fundamental para as favelas. "Hoje, três em cada cinco empregos gerados são informais. É preciso, portanto, estimular o empreendedorismo nos morros", afirma Ribeiro. CA.
Informalidade eleva custo de vida nos morros
Crime organizado limita instalação de revendas legalizadas nas áreas que controlam para assegurar fonte de receita com venda de produtos e serviços
Enquanto a insegurança nas favelas fluminenses é um dos principais empecilhos ao ingresso do comércio legal de bens e serviços, a população local arca com os custos da informalidade. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP), a revenda ilegal de botijões nas favelas do estado movimenta um mercado de até R$ 300 milhões por ano. Isso porque as milícias chegam a cobrar um ágio entre R$ 5 e R$ 13 sobre o preço médio do botijão de 13 litros, que custa, no mercado formal, R$ 37 em média. O botijão, portanto, chega a R$ 50, segundo relatório da ANP.
Para a agência, a própria rede de fornecedores, traficantes e milicianos limitam a instalação de revendas legalizadas nas áreas que controlam e garantem, assim, a venda de aproximadamente 500 mil botijões por mês. O esquema do botijão de gás se repete também com outros serviços
básicos.
O chip para celulares da Um vendido nas favelas, por exemplo, custa em média 50% mais do que fora das comunidades. Para Fernando Motta, diretor da Tim no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, a informalidade encarece o preço nas favelas porque não é possível vender diretamente para os estabelecimentos, já que faltam informações básicas, como Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Desta forma, o produto passa por vários intermediários, elevando o custo para o consumidor final. "Com as UPPs, consigo ter uma relação direta com as empresas e o preço cobrado para o consumidor cai", diz Motta.
Como resultado da estratégia direcionada a comunidades carentes (leia mais na página 6), a. Tim viu suas vendas subirem. Em outubro, foi a operadora que mais cresceu em participação de mercado no Rio de Janeiro e, no segmento de clientes pré-pagos, subiu do quarto para o terceiro lugar. "É um processo longo, mas já é fruto desse trabalho, 70% desse esforço de vendas veio das comunidades", afirma Motta.
Por mais que não solucione o problema da informalidade, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) podem elevar a presença do mercado formal e, com isso, reduzir o custo dos bens e serviços. "As UPPs são importantes para colocar um pouco de ordem em uma região abandonada pelo estado e tirar o ônus da violência dos preços cobrados às comunidades carentes", diz Tadeu Masano, presidente da consultoria Geografia de Mercado.
O valor, estimado a partir de dados da distribuidora de energia Light e da Agência Nacional de Petróleo (ANP), é 13 vezes superior aos R$ 65 milhões empenhados pela União este ano em programas de habitação e urbanização de assentamentos precários, caso das próprias favelas.
A retomada de 12 favelas do Rio controladas por traficantes, por meio da instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), pode trazer recursos desviados pelo comércio ilegal de volta à economia formal, dizem especialistas. Mas, para isso, é importante que o poder público e a iniciativa privada atuem rapidamente. Segundo o urbanista Manoel Ribeiro, que atua em programas sociais nas favelas cariocas há 21 anos, a ação das UPPs tem prazo de validade. "Primeiro, porque os traficantes das favelas ocupadas apenas mudaram de endereço. Segundo, porque a milícia nasce também das UPPs, e é ela quem comanda grande parte do comércio üegal dos morros", diz. Ribeiro ressalta ainda que vários comandantes de UPPs estão conquistando cargos políticos, o que torna a eficiência da ocupação questionável no longo prazo.
Reação
Mas, por enquanto, as empresas mostram-se interessadas em ocupar o espaço antes das milícias. Para o superintendente de Relacionamento com as Comunidades da Light, Mário Guilherme Romano, as UPPs contribuem para elevar a formalidade do serviço de distribuição de energia nas favelas do Rio. No morro Dona Marta, onde a UPP existe desde 2008, a companhia investiu R$ 4,5 milhões em lun programa de eficiência energética, que aplicou R$ 2,5 milhões na modernização das redes locais. "Havia muito fio desencapado, por conta dos chamados gatos. Isso representava insegurança para os moradores, passivos de choques e incêndios. Com a nova rede, a região sofre um décimo das interrupções de energia de antes", diz.
Os "gatos" de energia, contudo, ainda dominam o locaL Dos cerca de 10 mil habitantes de Dona Marta, segundo estimativas do Instituto Pereira Passos, a Light atende a 1,5 mil famílias.
Para a distribuidora, que responde por 70% do fornecimento de energia no estado do Rio, os "gatos" nas favelas geram o desvio de 2,1 mil gigawatts-hora (GWh) por ano. Aplicando-se a tarifa social de R$ 0,18 sobre o consumo de um quitowatt-hora (KWh) — valor geralmente cobrado para famílias de baixa renda—o prejuízo mínimo pode chegar a R$ 395,5 milhões por ano. Estendendo-se para os demais 307o do mercado fluminense, as empresas de energia perdem, em média, R$ 570 milhões todos os anos. Para o Brasil todo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima perdas de R$ 7,8 bilhões por ano.
Televisão paga
Embora não consiga determinar quanto as operadoras de TV paga perdem com os desvios de sinal no Rio, os "gatonets", Antônio Salles, diretor do Sindicato de Empresas de TV por Assinatura (Seta), diz que o mercado local só ingressará na formalidade quando o governo criar soluções mais eficientes de segurança. "Hoje um técnico chega na favela e é cercado por milicianos", diz.
Quando o sinal era analógico e, portanto, fácil de rastrear, a Seta estimava que 500 mil pontos instalados eram ilegais em todo o país. "Com o avanço do sinal digital, esse número vem caindo, pois requer pirataria sofisticada de softwares de criptografia. Entretanto, suponhamos que essa média de gatonet seja hoje de 200 mil pontos, isso representa uma perda de R$ 10 milhões por mês para o setor", afirma.
URBANIZAÇÃO
Projeto Paraisópolis, modelo paulistano para comunidade cariocas
Iniciado em 2005, o modelo de urbanização da favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, poderia ser copiado para as favelas do Rio, diz Maria Tereza Diniz, coordenadora do projeto na prefeitura de São Paulo. Embora a Secretaria de Segurança Pública não tenha atuado nas 120 comunidades paulistanas que utilizam esse modelo, no caso fluminense, seria necessário a ajuda das UPPs. O projeto, que teve investimentos de R$ 195 milhões, foi responsável pela pavimentação de ruas, drenagem, implantação de coleta de lixo, criação de áreas de lazer, unidades de saúde, escolas, creches e a reconstrução de casas - ações que beneficiaram 80 mil pessoas. "No começo, sentimos muita resistência da comunidade, que não dava credibilidade ao poder público devido à inúmeras promessas não cumpridas. Isso mudou quando as pessoas começaram a ver suas casas construídas, em 2008", afirma Maria Tereza. Segundo ela, 3 Secretaria de Urbanismo não enfrentou problemas de segurança em Paraisópolis, exceto pelo episódio de fevereiro de 2009. Na ocasião, houve confronto entre policiais e traficantes, supostamente iniciado com a morte de um morador de Paraisópolis. "A polícia teve de ocupar a favela temporariamente, cerca de um mês, para darmos continuidade aos projetos", conta. Os resultados, porém, renderam prêmios internacionais à prefeitura. "Antes do projeto, apenas 18% das casas tinham coleta de esgoto. Hoje, essa parcela é de 70%", afirma Maria Tereza.
Para o urbanista Manoel Ribeiro, o modelo implementado pelo governo na década de 70 para fomentar a Zona Franca de Manaus é outra possível solução para a informalidade nas favelas do Rio. "A informalidade é responsável pela relativa estabilidade social das comunidades da região. Esse mercado só entrará para a economia formal quando o faturamento dos comerciantes for suficiente para o pagamento de contadores e impostos", diz Ribeiro. Neste sentido, a isenção de impostos e a facilidade de crédito aplicada aos empresários na criação da Zona Franca de Manaus seria fundamental para as favelas. "Hoje, três em cada cinco empregos gerados são informais. É preciso, portanto, estimular o empreendedorismo nos morros", afirma Ribeiro. CA.
Informalidade eleva custo de vida nos morros
Crime organizado limita instalação de revendas legalizadas nas áreas que controlam para assegurar fonte de receita com venda de produtos e serviços
Enquanto a insegurança nas favelas fluminenses é um dos principais empecilhos ao ingresso do comércio legal de bens e serviços, a população local arca com os custos da informalidade. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP), a revenda ilegal de botijões nas favelas do estado movimenta um mercado de até R$ 300 milhões por ano. Isso porque as milícias chegam a cobrar um ágio entre R$ 5 e R$ 13 sobre o preço médio do botijão de 13 litros, que custa, no mercado formal, R$ 37 em média. O botijão, portanto, chega a R$ 50, segundo relatório da ANP.
Para a agência, a própria rede de fornecedores, traficantes e milicianos limitam a instalação de revendas legalizadas nas áreas que controlam e garantem, assim, a venda de aproximadamente 500 mil botijões por mês. O esquema do botijão de gás se repete também com outros serviços
básicos.
O chip para celulares da Um vendido nas favelas, por exemplo, custa em média 50% mais do que fora das comunidades. Para Fernando Motta, diretor da Tim no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, a informalidade encarece o preço nas favelas porque não é possível vender diretamente para os estabelecimentos, já que faltam informações básicas, como Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Desta forma, o produto passa por vários intermediários, elevando o custo para o consumidor final. "Com as UPPs, consigo ter uma relação direta com as empresas e o preço cobrado para o consumidor cai", diz Motta.
Como resultado da estratégia direcionada a comunidades carentes (leia mais na página 6), a. Tim viu suas vendas subirem. Em outubro, foi a operadora que mais cresceu em participação de mercado no Rio de Janeiro e, no segmento de clientes pré-pagos, subiu do quarto para o terceiro lugar. "É um processo longo, mas já é fruto desse trabalho, 70% desse esforço de vendas veio das comunidades", afirma Motta.
Por mais que não solucione o problema da informalidade, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) podem elevar a presença do mercado formal e, com isso, reduzir o custo dos bens e serviços. "As UPPs são importantes para colocar um pouco de ordem em uma região abandonada pelo estado e tirar o ônus da violência dos preços cobrados às comunidades carentes", diz Tadeu Masano, presidente da consultoria Geografia de Mercado.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Cartel é crime, seja o primeiro a sair
Cartel é um acordo entre concorrentes que se unem ilegalmente para combinar preços e estratégias comerciais. Quando isso ocorre, produtos ficam mais caros, prejudicando consumidores e a economia do país.
O Programa de Leniência permite que um membro de cartel receba imunidade administrativa e criminal ao delatar a prática às autoridades e cooperar com as investigações.
Se sua empresa integra um cartel, procure a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça no telefone (061) 2025 3786. Apenas o primeiro a colaborar pode receber benefícios.
Uma Campanha do Ministério da Justiça (Governo Federal)
( 08 de outubro – Dia Nacional de Combate aos Cartéis)
Manguinhos perde status de refinaria para fins de ICMS
RIO - A 4ª Câmara do Conselho de Contribuintes da Secretaria Estadual de Fazenda decidiu nesta terça-feira, por quatro votos a zero, que a atividade principal de Manguinhos, para fins de recolhimentos de tributos estaduais, como o ICMS, é a distribuição de combustíveis, não o refino. A Câmara analisou recurso de Manguinhos - acolhido via liminar judicial.
O ato de reenquadramento havia sido decidido no ano passado pelo estado, após constatar que "a refinaria não exerce efetivamente atividade de refino desde 2005, como por ela expressamente confessado em seu relatório de administração.
Ao defender o enquadramento, o estado argumentou que há "no caso concreto, risco de dano irreversível para o Estado, em razão da manobra praticada por Manguinhos, que se vale do cadastro de refinaria para apresentar-se como substituta tributária, sem o ser de fato, importando em prejuízos anuais à arrecadação do estado à estratosférica quantia de R$ 162 milhões". À decisão não cabe recurso.
Entenda o caso
Investigação da Polícia Civil revelada pelo GLOBO apontou envolvimento de 'deputado ou senador' com esquema na Refinaria de Manguinhos.
Gravações mostraram que o empresário Ricardo Magro, suspeito de chefiar uma quadrilha de sonegadores de tributos na área de combustíveis, foi recebido, no ano passado, pelo então senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), em Brasília. O encontro foi agendado por um assessor da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Depois disso, decisões tomadas por dirigentes da ANP, indicados pelo então ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, pai do senador conhecido como Lobinho, favoreceram as empresas do grupo Magro, todas envolvidas em sonegação.
As gravações foram produzidas pela Operação Alquila, investigação iniciada no ano passado pela Delegacia de Polícia Fazendária do Rio sobre fraudes para burlar o recolhimento do ICMS praticadas por distribuidoras que gravitam em torno da Refinaria de Manguinhos. Fiscais da Secretaria Estadual de Fazenda estimam um prejuízo anual de R$ 162 milhões com as fraudes.
Como a polícia constatou o envolvimento de um "deputado federal ou senador da República", de um "ministro de Estado e de seu filho", além de funcionários da ANP no esquema (os nomes não foram identificados), a juíza Maria Elisa Lubanco, da 20ª Vara Criminal, decidiu remeter o inquérito para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O ato de reenquadramento havia sido decidido no ano passado pelo estado, após constatar que "a refinaria não exerce efetivamente atividade de refino desde 2005, como por ela expressamente confessado em seu relatório de administração.
Ao defender o enquadramento, o estado argumentou que há "no caso concreto, risco de dano irreversível para o Estado, em razão da manobra praticada por Manguinhos, que se vale do cadastro de refinaria para apresentar-se como substituta tributária, sem o ser de fato, importando em prejuízos anuais à arrecadação do estado à estratosférica quantia de R$ 162 milhões". À decisão não cabe recurso.
Entenda o caso
Investigação da Polícia Civil revelada pelo GLOBO apontou envolvimento de 'deputado ou senador' com esquema na Refinaria de Manguinhos.
Gravações mostraram que o empresário Ricardo Magro, suspeito de chefiar uma quadrilha de sonegadores de tributos na área de combustíveis, foi recebido, no ano passado, pelo então senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), em Brasília. O encontro foi agendado por um assessor da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Depois disso, decisões tomadas por dirigentes da ANP, indicados pelo então ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, pai do senador conhecido como Lobinho, favoreceram as empresas do grupo Magro, todas envolvidas em sonegação.
As gravações foram produzidas pela Operação Alquila, investigação iniciada no ano passado pela Delegacia de Polícia Fazendária do Rio sobre fraudes para burlar o recolhimento do ICMS praticadas por distribuidoras que gravitam em torno da Refinaria de Manguinhos. Fiscais da Secretaria Estadual de Fazenda estimam um prejuízo anual de R$ 162 milhões com as fraudes.
Como a polícia constatou o envolvimento de um "deputado federal ou senador da República", de um "ministro de Estado e de seu filho", além de funcionários da ANP no esquema (os nomes não foram identificados), a juíza Maria Elisa Lubanco, da 20ª Vara Criminal, decidiu remeter o inquérito para o Supremo Tribunal Federal (STF).
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
...proposta no Congresso favorece a clandestinidade no setor do Gás de Cozinha...
Esta é a fala de nossas revendas indignadas com a realidade do setor em conversa com a ASMIRG-BR. Em reunião com empresários do setor suas colocações foram claras e incontestáveis como apresentamos:
....um clandestino não paga impostos, não registra seus funcionários, não atua dentro de critérios de segurança.
Um clandestino quando pego numa fiscalização muitas das vezes é protegido por um TAC que aplica uma multa que chega a ser de R$ 500,00 e agora querem notificá-los antes de se aplicar a Lei? Seria dizer a um criminoso pego em flagrante, olha vou te notificar e amanha venho para prender se você continuar cometendo mais crimes... uma vez que o ato ilegal do comercio do gás é definido como Crime Contra Ordem Econômica?..
Estas colocações de nossas revendas se amparam em sua realidade, acrescida dos seguintes argumentos apresentados à ASMIRG-BR:
....Nossas revendas sofrem de ações predatórias tanto de clandestinos, de algumas revendas atacadistas e como de muitas das Companhias Distribuidoras.
Quando somos fiscalizados e encontram alguma irregularidade, seja ela qual for, até mesmo uma placa de preço apagada pela chuva, somos autuados com multas que não vem com valores menores a 20 mil Reais, chegando em grande maioria a 50 mil Reais.
A capacidade contributiva de nossas empresas nunca foram questionadas, mesmo agindo contrario a Constituição Federativa do Brasil, onde uma multa tem caráter educativo, temos que nos desfazer de nossos bens, até de casas para honrar estes compromissos, a multa para nossas revendas é uma forma de apropriação de tudo que construímos, é o motivo do fechamento de varias revendas por não terem como pagar, é uma forma pesada de apropriação por parte do governo de nossos bens.
Essa afirmação que devemos ser notificados se existe, é só para os clandestinos, isto não existe para quem tem CNPJ ou atua de forma legalizada como nós..
Estas colocações de nossas revendas expressam seu sentimento de realidade, desmotivados com o setor, nos procuram na busca de uma luz no fim do túnel e infelizmente não estão errados.
A ASMIRG-BR não apóia um relaxamento da LEI N° 8.176, DE 8.2.1991 - DOU 13.2.1991, que define a pratica ilegal da atividade revenda de GLP como Crime Contra Ordem Econômica, precisamos é mais rigor em seu cumprimento, quando nossos órgãos de fiscalização punirem como esta na Lei, aqueles que levam o gás a uma quitanda, isso não mais acontecerá, não existirá pena de detenção e multas por colocarem em risco a segurança da população brasileira armazenando o gás de forma irregular e sem critérios de segurança dentro de suas quitandas ou sua própria casa.
Esta comum encontrarmos fiscalizações apreendendo grandes quantidades de botijões e excessos em estabelecimentos legais e ilegais, mas quem esta alimentando isso? Vamos acreditar que estas ações não têm o aval das Companhias Distribuidoras ou de grandes revendedores atacadistas?
Nossas revendas sempre se amparam em alguns argumentos para se manterem omissos:
Ahhh meu sindicato não faz nada...
Não tenho tempo para outros assuntos...
No gás todos são iguais, não adianta querer mudar, não temos com quem reclamar... e ai vai...
Hoje é importante lembrar que existem várias associações novas, existem sindicatos sérios que lutam por carregar o rótulo de alguns que infelizmente se mostraram ou mostram a serviço de interes diversos ao da nossa classe, hoje nosso revendedor tem escolhas, mas sem a sua participação realmente não mudaremos e ações como esta proposta no Congresso continuarão a existir, mas esta decisão é uma escolha pessoal de cada um de nós, vamos mudar o setor? Juntos podemos avançar, sozinhos continuaremos a pagar esta conta...
Cordialmente,
Alexandre Borjaili
Presidente
Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR
....um clandestino não paga impostos, não registra seus funcionários, não atua dentro de critérios de segurança.
Um clandestino quando pego numa fiscalização muitas das vezes é protegido por um TAC que aplica uma multa que chega a ser de R$ 500,00 e agora querem notificá-los antes de se aplicar a Lei? Seria dizer a um criminoso pego em flagrante, olha vou te notificar e amanha venho para prender se você continuar cometendo mais crimes... uma vez que o ato ilegal do comercio do gás é definido como Crime Contra Ordem Econômica?..
Estas colocações de nossas revendas se amparam em sua realidade, acrescida dos seguintes argumentos apresentados à ASMIRG-BR:
....Nossas revendas sofrem de ações predatórias tanto de clandestinos, de algumas revendas atacadistas e como de muitas das Companhias Distribuidoras.
Quando somos fiscalizados e encontram alguma irregularidade, seja ela qual for, até mesmo uma placa de preço apagada pela chuva, somos autuados com multas que não vem com valores menores a 20 mil Reais, chegando em grande maioria a 50 mil Reais.
A capacidade contributiva de nossas empresas nunca foram questionadas, mesmo agindo contrario a Constituição Federativa do Brasil, onde uma multa tem caráter educativo, temos que nos desfazer de nossos bens, até de casas para honrar estes compromissos, a multa para nossas revendas é uma forma de apropriação de tudo que construímos, é o motivo do fechamento de varias revendas por não terem como pagar, é uma forma pesada de apropriação por parte do governo de nossos bens.
Essa afirmação que devemos ser notificados se existe, é só para os clandestinos, isto não existe para quem tem CNPJ ou atua de forma legalizada como nós..
Estas colocações de nossas revendas expressam seu sentimento de realidade, desmotivados com o setor, nos procuram na busca de uma luz no fim do túnel e infelizmente não estão errados.
A ASMIRG-BR não apóia um relaxamento da LEI N° 8.176, DE 8.2.1991 - DOU 13.2.1991, que define a pratica ilegal da atividade revenda de GLP como Crime Contra Ordem Econômica, precisamos é mais rigor em seu cumprimento, quando nossos órgãos de fiscalização punirem como esta na Lei, aqueles que levam o gás a uma quitanda, isso não mais acontecerá, não existirá pena de detenção e multas por colocarem em risco a segurança da população brasileira armazenando o gás de forma irregular e sem critérios de segurança dentro de suas quitandas ou sua própria casa.
Esta comum encontrarmos fiscalizações apreendendo grandes quantidades de botijões e excessos em estabelecimentos legais e ilegais, mas quem esta alimentando isso? Vamos acreditar que estas ações não têm o aval das Companhias Distribuidoras ou de grandes revendedores atacadistas?
Nossas revendas sempre se amparam em alguns argumentos para se manterem omissos:
Ahhh meu sindicato não faz nada...
Não tenho tempo para outros assuntos...
No gás todos são iguais, não adianta querer mudar, não temos com quem reclamar... e ai vai...
Hoje é importante lembrar que existem várias associações novas, existem sindicatos sérios que lutam por carregar o rótulo de alguns que infelizmente se mostraram ou mostram a serviço de interes diversos ao da nossa classe, hoje nosso revendedor tem escolhas, mas sem a sua participação realmente não mudaremos e ações como esta proposta no Congresso continuarão a existir, mas esta decisão é uma escolha pessoal de cada um de nós, vamos mudar o setor? Juntos podemos avançar, sozinhos continuaremos a pagar esta conta...
Cordialmente,
Alexandre Borjaili
Presidente
Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
ANP apreende 12,4 toneladas de gás em duas cidades do Entorno e no DF
Santa Maria: revendedora autorizada abastecia estabelecimento clandestino instalado no Novo Gam
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) recolheu 12.488kg de gás GLP ilegal no Entorno do Distrito Federal nesse feriado. O volume, equivalente a 960 botijões domésticos, foi apreendido em duas revendedoras irregulares, descobertas no Novo Gama e na Cidade Ocidental, e em distribuidoras suspeitas de vender o combustível para esse tipo de estabelecimento não registrado na ANP. O maior volume recolhido foi de 9.550kg, estoque excedente de uma distribuidora de Santa Maria, que tem autorização para guardar somente 6.240kg de gás.
A fiscalização nos estabelecimentos do Entorno começou na segunda-feira e foi concluída ontem, como parte de uma operação nacional da ANP. A agência espera terminar a varredura em todo o território nacional até a próxima segunda-feira. Grandes apreensões e prisões ocorreram em Minas Gerais e no Paraná. “Estamos tentando tirar do mercado o clandestino, para poder garantir a livre concorrência dos comerciados”, explica Manoel Polycarpo de Castro Neto, chefe de Fiscalização do Centro-Oeste da ANP. Segundo ele, um dos grandes perigos constatados nas operações da agência é o mau armazenamento, que pode oferecer perigo para o comerciante e para as construções vizinhas.
Com base em indicações de revendedores e denúncias da polícia, do Ministério Público e recebidas por telefone, 10 fiscais da ANP verificaram 22 estabelecimentos de diversas cidades do Entorno, e identificaram quatro em situação irregular. No Novo Gama, foram recolhidos 99 botijões em um estabelecimento sem licença da ANP para funcionar. Os agentes descobriram, por meio das notas fiscais, que a loja irregular comprava de uma revendedora autorizada em Santa Maria.
O estabelecimento que forneceu o gás é regular, porém a ANP descobriu que eles não tinham o alvará de funcionamento e ainda armazenavam mais do que o dobro da quantidade de gás para a qual estão autorizados.
Fechamento
O local, que pode estocar até 6.240kg de gás, tinha 15.790Kg do produto armazenado. Os 9.550kg excedentes foram devolvidos à distribuidora, e a revendedora foi fechada por 72 horas. Segundo um funcionário do estabelecimento, a revenda tem capacidade para estocar essa quantidade de gás, mas o registro na ANP estabelece um limite menor. O empregado, que preferiu não se identificar, disse que a revendedora estava em fase de regulamentação e vai recorrer para não permanecer fechada por um tempo maior. O estabelecimento pode ser lacrado por até seis meses, e receber uma multa que varia de R$ 50 mil a R$ 3 milhões.
Na Cidade Ocidental, 26 botijões foram apreendidos em outro estabelecimento clandestino, que revelou ter comprado a mercadoria de uma revendedora de Valparaíso (GO). O local que fornecia o gás foi fechado ontem. Um funcionário da revendedora, que não quis se identificar, disse que a nota fiscal referente à venda ilegal foi emitida há três meses, e que a venda foi feita por um empregado que foi demitido. O empregado afirma que, desde que as vendas para lojas clandestinas foram descobertas, a revendedora cortou o fornecimento do combustível. “O abacaxi ficou na nossa mão, mas vamos correr atrás para legalizar tudo o mais rápido possível”, afirmou o funcionário. Ao todo, foram apreendidos 91 botijões de gás da revendedora do Valparaíso, devido às vendas ilegais.
O chefe de Fiscalização do Centro-Oeste da ANP avalia que a operação na região tem sido bem-sucedida, e destacou a importância da colaboração do consumidor na erradicação do comércio ilegal de gás de cozinha. “Se o consumidor tiver alguns cuidados como solicitar nota fiscal e verificar a procedência do gás, isso já diminuiria muito esse tipo de ação. Ele também pode entrar no site da ANP e verificar se o CNPJ da empresa é credenciado pela ANP”, recomenda Neto.
Denuncie
Ligue para a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis e denuncie venda clandestina de gás no número 0800-970-0267. A ligação é gratuita.
Roberta Machado
PL-06618/2006 - Autoriza a recarregar vasilhame de GLP em posto revendedor
PL-06618/2006 - Autoriza o revendedor varejista de combustíveis automotivos a recarregar vasilhames de gás liquefeito de petróleo no estabelecimento denominado posto revendedor.
- 01/12/2010 Aprovado requerimento do Sr. Claudio Cajado que solicita seja realizada reunião de audiência pública para debater o Projeto de Lei nº 6.618, de 2006, de autoria do Sr. José Carlos Machado.
- 01/12/2010 Aprovado requerimento do Sr. Claudio Cajado que solicita seja realizada reunião de audiência pública para debater o Projeto de Lei nº 6.618, de 2006, de autoria do Sr. José Carlos Machado.
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