sábado, 20 de agosto de 2011
“40 ao dia e 600 à noite, uma verdadeira festa dos horrores”, disse O especialista da ANP
Aconteceu de 17a19 de agosto, em Brasília, no Hotel Royal Tulip Alvorada ,o 2º Encontro Nacional do Setor de Gás LP. Representantes da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), das distribuidoras de Gás LP e empregados de todos os elos da cadeia do segmento, Distribuição e Revenda de gás, participaram do Enagás 2011. Durante o evento, que foi prestigiado por representantes da Petrobras e do Ministério de Minas e Energia (MME) foi divulgado o estudo da USP para o setor, que apontou as vantagens econômicas da utilização do gás para aquecimento, além das novas bases de classificação das edificações que serão obrigatórias em três anos. Os debates também abordaram as novas tecnologias e logísticas para melhor atender o consumidor.
Entrou também na pauta, o balanço do primeiro ano do Programa Gás Legal, que tem a coordenação da ANP e visa o combate a venda irregular do Gás LP em todo o país e que já dá sinais positivos na sua atuação na conscientização do mercado e dos consumidores.
O presidente do Sindicato do Rio Grande do Norte, o Sr Francisco, frizou que o comercio clandestino de gás, lá é zero, segundo ele, a única forma de acabar com a clandestinidade, é prendendo quem fomenta ,e quem faz o comércio irregular. “Tem que prender e multar”. “Tem que doer no bolso”, acentuou ele.
O gás LP é distribuído em todos os 5,5 mil municípios brasileiros. Está presente em cerca de 53 milhões de lares, atingindo 95% dos domicílios nacionais. O setor reúne mais de 350 mil trabalhadores diretos e indiretos.
“Temos uma guerra de guerrilha, pois o clandestino esta guardando os botijões dentro de casa. É preciso de mandato judicial para entrar , e isso tem dificultado o processo de fiscalização”, disso o promotor do Rio Grande do Norte, Jose Augusto .
“40 ao dia e 600 à noite, uma verdadeira festa dos horrores”, disse O especialista em regulação da Superintendência de Fiscalização de Abastecimento da ANP, Marcelo Silva, se referindo ao comportamento de alguns revendedores do segmento de GLP. Perguntou ele: – Como reagir a esta situação? E respondendo – Com informação, divulgação, inovação, planejamento, inteligência, articulação e também com repressão, terminou ele.
A cada mês, são vendidos 33 milhões de botijões em todo pais. O setor, que movimenta R$ 19 bilhões ao ano, espera que sua participação na matriz energética brasileira, que atualmente é de 3,4%, ultrapasse 4,5% em 2020. O considerável potencial de expansão do uso desse combustível se deve, sobretudo ao acentuado crescimento de sua produção. Segundo a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), será possível alcançar a autossuficiência ,já em 2015. Atualmente, apenas 8% do Gás LP consumido no Brasil é importado.
De acordo com o presidente do Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás LP), Sergio Bandeira de Mello, “há oportunidades enormes de negócios no segmento residencial, com o aquecimento de água do chuveiro e com a substituição do uso da lenha, especialmente nas regiões Sul, Norte e Nordeste. No segmento comercial, o Gás LP é mais competitivo nas pequenas e médias indústrias, onde, a cada dia, apresenta-se mais barato que o GN”.
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