terça-feira, 9 de agosto de 2011
Entrevista com Coronel Carlos Olímpio Menestrina, da Corregedoria do Corpo de Bombeiros de SC
Confira aqui a entrevista:
1. Quanto à prevenção de acidentes, qual a importância do convênio com a ANP e do Programa Gás Legal?
Nosso negócio é a segurança contra incêndios. Vistoriar e fiscalizar são ações que estão em nosso rol de atribuições. Um dos pontos fortes do convênio com a ANP é o exercício do poder de polícia pelo Corpo de Bombeiros, fazendo com que situações de risco iminentes sejam modificadas prontamente. Quando atuamos na fiscalização, entendemos que estamos atuando na prevenção de acidentes.
2. Comprar gás em locais informais, que não são adequados à venda, ainda é um costume da população. O senhor acha que com apenas uma vistoria é possível combater esse mercado? Ou uma fiscalização contínua seria mais eficaz?
A experiência tem demonstrado que apenas uma vistoria não é suficiente para resolver o problema. É necessário um programa continuado de fiscalização, com forte atuação com poder de polícia, a exemplo do que está acontecendo em Santa Catarina, aliado ainda a uma campanha de conscientização para os usuários (população).
3. Algumas corporações de bombeiros acreditam que esse tipo fiscalização contribui de forma negativa para imagem da instituição. O senhor concorda? Qual a visão dos seus bombeiros quanto ao assunto?
No primeiro momento sim, pois o exercício do poder de polícia normalmente gera uma imagem negativa. Todavia, no decorrer do serviço, enfatizamos a ideia de que aqueles que se sentem "prejudicados" são uma minoria, enquanto que a grande maioria, representada por empresários sérios e pela população ordeira, sente-se segura e confiante com o trabalho do Corpo de Bombeiros. Uma prova disso é a elevada quantidade de denúncias recebidas, para as quais temos dado encaminhamento.
Para isso, é necessária uma atuação transparente e muito comprometimento por parte de nossos gestores e de nossos vistoriadores. Atualmente, nossos profissionais já incorporaram a importância dessa fiscalização.
4. A fiscalização precisa ser feita em vários pontos informais e como sabemos muitos dos pontos de venda não estão adequados de acordo com as normas. Qual a postura dos comerciantes quanto às normas? Existe algum tipo de dificuldade para cumpri-las?
Em que pese a questão do poder de polícia, em Santa Catarina temos um cuidado muito grande com a questão do desabastecimento. Para evitá-lo, efetuamos vistorias de orientação antecipando as vistorias de fiscalização e, sempre que possível, adotamos medidas conjuntas com os proprietários de PRGLP, no intuito de orientá-los na resolução de problemas.
Mas, não restam dúvidas, em muitos casos, quando percebemos que as normas de segurança não são cumpridas, temos que aplicar as formalidades da legislação
5. Sua corporação tem uma imagem muito positiva nas reuniões dos comitês do Programa Gás Legal. Seu trabalho é elogiado e até citado como "uma verdadeira inspiração". A que o senhor atribui esse reconhecimento?
Simples: bom planejamento e comprometimento por parte de nossos gestores e vistoriadores; adoção de medidas que visam a regularização, antes das medidas punitivas. Dessa forma, a sociedade enxerga na corporação um parceiro, antes de um agente repressivo.
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