quarta-feira, 1 de junho de 2011

Caminhão clonado era usado para entrega de gás em Ermo


Os agentes do setor de inteligência da Central de Polícia Civil de Araranguá apreenderam na tarde de ontem, por volta das 15h, na localidade de Sanga da Toca, em Araranguá, um caminhão clonado. O veículo de marca Mercedez Benz/710, cor vermelha, placas IOD 9462, de Porto Alegre/RS, era usado para a entrega de gás, numa revenda de Ermo.

Em vistoria preliminar no próprio local da apreensão, o delegado Jorge Giraldi, que conduziu as investigações que levaram a apreensão, constatou que haviam indícios de adulteração no chassi e com auxilio dos peritos do Núcleo Regional de Perícias, confirmou que trata-se de um veículo clonado, cujo original está na posse de seu verdadeiro proprietário, em Porto Alegre/RS. O caminhão apreendido é um baú produto de furto, ocorrido em Canoas/RS, no dia 10 de maio de 2008, quando estava carregado com mercadorias avaliadas em R$6mil e pertencias à um frigorífico.

A ocorrência do furto foi registrada pela vítima, Flávio Rocha Cezar, natural de Triunfo/RS, na Terceira Delegacia de Canoas/RS, dias depois do ocorrido. No momento da apreensão, o proprietário do depósito de gás não estava no estabelecimento e será indiciado em inquérito policial pelo crime de receptação. No caminhão foi apreendido um Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos que apresenta indícios de falsificação, esclarece Giraldi.

Crime é comum no país

Segundo do delegado, a prática deste crime já se tornou comum no Brasil, no entanto a perícia e perfeição dos criminosos, impedem uma melhor ação da polícia. Neste caso em específico, o veículo já rodava, mesmo clonado, há aproximadamente três anos sem ser descoberto. Em caso de multa, as mesmas eram enviadas diretamente para o proprietário do caminhão original, esclarece o delegado.

Giraldi revela ainda, que este tipo de veículo clonado, passa despercebido em blitz policiais e somente com muita investigação é que se consegue chegar a eles. O delegado revela, que neste universo do crime de falsificação veicular, é possível fazer de um único veículo roubado, vários outros “dublês”. Os documentos, na esmagadora maioria das vezes, também são falsos, o que ajuda a dificultar a descoberta do crime. A Polícia Civil investiga agora se o proprietário tinha conhecimento do fato, e já sabe de que há mais de um ano, o homem trafegava com o Mercedes pela região.

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